Caramba! Acabo de entrar no portal da APBMX (aliás, entrei procurando o calendário do Paulistão 2009, que ainda não está lá... CADÊ???) e terminei dando uma olhadinha no ranking 2008. Pois é, bateu saudade...
Como eu previ há tempos (e todo mundo que está com o juízo perfeito também, menos o Murilo e o Thiago... BONS atletas, porém azarados no “quesito escolha da sua própria geração”), Renato Rezende segue firme no caminho que o fará “entrar para a história” como o maior atleta brasileiro de BMX Racing em todos os tempos. Venceu na Junior, e com sobra, como sempre desde que eu me lembro.
Na Elite Men, saber que o melhor do estado foi o meu xará Gustavo Santa Chiara “Boy”, também representou outra boa nova. Não que atrás dele, sem malícia, não estejam grandes atletas: pela ordem: Deivlim, Edson Jr. e Daniel Brito (esse precisa "desencantar"...), só para não alongar demais a lista... Mas o fato de alguém tão bom caráter representar o topo da Elite do BMX Paulista em 2008 é um alívio. Ainda mais depois de tantos desmandos que andaram assolando esse esporte desde que o COI decidiu transformá-lo em esporte olímpico. Mas isso é uma outra história... Melhor nem lembrar, para não estragar o clima.
Lá pelo meio da fila, aparecem Rodrigo Alarcon (Caray! Será que um dia ele vai “deslanchar”?!), D. Jorge, Matheus Lott (Grande figura! há poucos dias eu apaguei – porque a câmera ficou mal direcionada e a gravação ruim – a última filmagem “on board” que fiz em 2007, justamente com Ele, na etapa de Pirapora do Mineiro de Bicicross...) Hudson Peixoto (he he he, de 'Sassá Mutema do BMX Mineiro' para o limbo eterno...), somente para citar alguns que me trazem lembranças.
Ué, e o Mauro Aquino?
O que foi feito dele: Contusão? Carreira no exterior? Desanimou?
Descendo a lista... NÃO, “peralá” cadê a galera da Elite Master?
Ronaldo Alex? Fábio Ferreira?
Caceta! Quem serão esses sujeitos?!
Marcos Santos “Chokito”, finalmente alguém que eu conheço está lá, em terceiro... he he he! Lembrei dessa foto, e como eu não tinha nenhuma outra recente e bacana do Boy ou do Renato, resolvi postá-la. Afinal, sejam amigos ou não do Chokito, ESSA imagem vale ser relembrada...)
Está lá também Domingos Lamóglia, outra grande figura que emana civilidade e, até onde pude conhecer, merece ser lembrada e mantida no BMX. Nem que seja para representar a “tábua de salvação” do bom senso na modalidade.
Aliás, falando em boas intenções, fui procurar por Eduardo Campos “Oklinhos” entre os dinossauros da lista Cruiser 40/44, e fiquei um tanto desapontado por ver que o atleta só esteve presente em duas das oito etapas...
Tudo bem, possivelmente existiram problemas políticos durante “o ano em que o BMX CBC do Brasil ia brilhar na Olimpíada“ (...) Mas o fato é: se a incompetência da CBC só encontrou rival a sua altura frente às presepadas da CBBx, permitir que Oklinhos se afaste do BMX, isso sim, será uma barbeiragem sem precedentes.
Ambas as entidades podem até não estar muito preocupadas com isso (aliás, as preocupações dessa turma são de assustar!), mas os que realmente trabalham em prol do BMX, certamente enxergarão que pessoas como Oklinhos, não podem ser desperdiçadas.
Ok, ok. É melhor voltar ao ranking.
Já que eu estava “nessa altura da lista”, cruiser 45/49 anos: Valdir Spagnol.
PQP! O sujeito é imbatível!!!
Cruiser 17/29 anos: Márcio V P Ataíde, 87 pontos contra 58 do vice, Francis Hebert...
Se contabilizarmos que são 14 anos para os mesmos atletas competirem na mesma categoria, Francis, Daniel Tardeli, Thiago Moreira, Júlio Brustolin e Cia, certamente ainda irão amargar muitas temporadas sem superar “o tal VP": O dono absoluto da boca!
Entre as moçoilas, após 2 anos sem acompanhar o BMX de perto, percebi que alguns enredos continuam parecidos com os que eu presenciei há dois anos. E tanto Maitê Barreto, quanto Joana Correia seguem a rotina de título após título. Entretanto, agora que muitas das “menininhas” que vi há tempos chegaram às categorias top, também surgiram surpresas:
Na Feminino Junior, a campeã 2008 foi Lesly Harrison de Almeida (por acaso não era a namorada do Homem Pepino?) E observando a tabela final, com resultados do ano todo, fica claro que não houve muita regularidade de participação entre as atletas que estão no penúltimo degrau do BMX Paulista...
O que será que houve com os planos mirabolantes divulgados há alguns anos?
Será que o apoio da Confederação e da Federação Paulista de Ciclismo não deu nem para estimular algumas garotas a competir regularmente?
Fiquei um pouco -mais- decepcionado e fui logo procurar a mulherada da Elite. Afinal, recebo informações regularmente dando conta que Ana Flávia Sgobin “está bontando pra quebrar” na América Latina.
E se a garota de prata do Pan conquista resultado após resultado lá fora (certamente com méritos), imaginei que na Elite paulista (onde ela compete 'em casa') o BMX feminino deve estar em alta!
Logo de cara uma surpresa! O nome ainda não é Elite, mas sim OPEN (tudo bem, se as garotas estiverem recebendo a premiação em dinheiro direitinho, pode até se chamar BMX PussyCats...);
Então leio : CAMPEÃ 2008: Naiara de Almeida Silva (ah tá, aquela de São José... realmente a garota é boa); vice: Mayara Perez (“BPC” - que quer dizer boa pra cacete! E se até hoje nenhuma das entidades citadas resolveu apoiar de verdade essa garota, é melhor aposentar os seus dirigentes...), terceira melhor em 2008: Priscila Carnaval (OPA! O que aconteceu, a Bianca se machucou? – não que Priscila não mereça o mérito!) e em QUARTO, “a melhor atleta nacional”, Ana Flávia Sgobin.
Xiiiiiiiiiiiiiiiiiii... Pensando no que eu acabo de escrever, acho que fica parecendo que eu pretendo desmerecer o esforço e os progressos da Sgobin... A intenção realmente não foi essa! Vou tentar arrumar:
Etapa 1
Competiram Naiara, May, Priscila, Sgobin, Priscila Abasto, Bianca, Camila e Lu Hirama (todas) E ao que parece, May e Bianca detonaram a mulherada.
Etapa 2
Competiram Naiara, May, Priscila, Sgobin, Abasto, Bianca e Camila (quase todas, só a Lu falhou). Sgobin VENCEU (Maravilha: estou salvo... he he he)! E na seqüência: Bianca (alguém prestou atenção? BIANCA QUINALHA deu pau no resto das moçoilas!), Naiara, Camila, May, Priscila e Abasto. Ok, Sgobin pode (e deve, tanto “se” quanto “ser”, considerada uma boa atleta).
Etapa 3
Dessa vez só a Camila não participou. Sgobin mandou muito bem novamente. Venceu, e na seqüência: Hirama, Naiara (realmente, a moça é regular... sabe competir), May (também, se manteve a linha), Bianca (deu a lógica, ficou atrás das 4 mais experientes...), e a fila seguiu...
Etapa 4
Daqui pra frente, Bianca Quinalha não competiu mais. Espero que tenha "só" se machucado (e que seja indolor e facilmente recuperável...), pois se desistiu do BMX, fará muita falta. Hirama também não esteve mais presente no Paulista 2008 (merece a mesma torcida da primeira...) Das que restam “no páreo” pelo título, Naiara venceu, May foi vice e Sgobin a terceira.
Da quinta até a última etapa, Ana Sgobin também não compareceu mais ao Paulista (possivelmente e compreensivelmente dedicada às provas internacionais...), e como Bianca já não estava mais, o título ficou mesmo entre Naiara e May.
Priscila Carnaval venceu uma etapa (e eu bem que gostaria de poder ter assistido!), May foi vice duas vezes e Naiara mandou 3 vitórias nas três últimas etapas, que encerraram o caso.
Pois é, bacana!
Naiara mandou bem quase o ano todo e mereceu o título. Mas olhando as cinco primeira etapas, num mundo que poderia continuar imperfeito, mas onde nenhuma atleta se desmotivasse do BMX ou devesse abrir mão do Paulistão para se dedicar às outras provas / atividades; vejo que ESSA seria uma das 3 melhores categorias do BMX nacional. Aliás, honestamente, com essa ou aquela entidade (tanto faz a cartolagem que for enchoriçar a vida dos atletas...), afinal QUAL É A GRANDE, BOA e COMPETITIVA prova feminina do BMX nacional?
Aquela prova (ou campeonato) que pra vencer não bastará ser a atleta mais insistente ou até “teimosa” (sem demérito para ninguém). E que, para a vencedora, será oferecido merecido reconhecimento (além de satisfatória recompensa financeira, claro)?
Enfim, estive afastado (sem dúvida) e as poucas observações que fiz não passam de pensamentos que tive ao, como afirmei, observar o ranking do Paulistão 2008.
Pensamentos que brotam de esperanças passadas, contrapostas à realidade que posso perceber ao observar os acontecimentos à distância.
Gustavo Dias.
